Sessão de Relato de Caso


Código

RC235

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE)

Autores

  • DANIEL EDUARDO GARCIA BEZERRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Halan Coura Alves (Interesse Comercial: NÃO)
  • Armando Cesar Ferreira Gomes (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TRAUMA OCULAR POR TARANTULA: OFTALMIA NODOSA

Objetivo

O objetivo do trabalho é relatar raro descolamento seroso de retina, decorrente de quadro de oftalmia nodosa ocasionado por trauma com pêlos de tarântula.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 27 anos, agricultora, procedente de Itatira-CE, procurou a emergência deste serviço, com quadro de olho vermelho, dor ocular e baixa acuidade visual importante em ambos os olhos (AO). Paciente relatou que há 1 mês, ao se aproximar de uma tarântula, esta lançou um ataque de pêlos em seus olhos. Após o ocorrido, paciente evoluiu com hiperemia, fotofobia, dor ocular e baixa acuidade visual progressiva AO. Negou qualquer sintoma neurológico, otorrinolaringológico, ocular, reumatológico ou cutâneo prévio. Ao exame inicial, apresentou acuidade visual menor que 0.05 e PIO de 12 mmHg AO. A biomicroscopia mostrou hiperemia conjuntival, córneas edemaciadas com pontos corados por fluoresceína e, em alguns pontos, pôde-se observar microfilamentos em diferentes camadas da córnea caracterizando os pêlos da aranha. Também apresentou intensa reação de câmara anterior com precipitados ceráticos do tipo ''mutton-fats'', e sinéquias posteriores. Oftalmoscopia impraticável pelo edema de córnea. A ultrassonografia evidenciou descolamento de retina (DR) seroso AO. Paciente recusou a pulsoterapia com metilprednisolona, pois não quis permanecer longe de casa. Então, foi prescrito prednisolona e atropina colírios, prednisona oral 1mg/kg/dia, e profilaxia antiparasitária. A propedêutica para uveítes não identificou qualquer etiologia; e após 3 meses de tratamento, a paciente evoluiu com melhora da acuidade visual, 0.7 em olho direito e 0,2 em olho esquerdo.

Conclusão

A oftalmia nodosa é uma reação inflamatória rara, associada à inoculação de pêlos de certos animais no globo ocular. Estes pêlos podem penetrar as estruturas oculares, e acometer até o tecido retiniano pela resposta inflamatória. Embora a doença de Harada seja o principal diagnóstico diferencial nesse caso, consideramos o mesmo improvável devido a natureza traumática da lesão e ausência de comprometimento extraocular.

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