Sessão de Relato de Caso


Código

RC070

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - SUPREMA

Autores

  • NATALIA DOS REIS DIAS DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
  • EMMERSON BADARÓ (Interesse Comercial: NÃO)
  • GABRIELA DE JORGE OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEURORRETINOPATIA MACULAR AGUDA SECUNDARIA A IMUNIZAÇAO PARA FEBRE AMARELA: RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso de evento adverso à imunização para febre amarela (FA), evoluindo para neurorretinopatia macular aguda (NMA).

Relato do Caso

CC, 16 anos, natural e procedente de Juiz de Fora-MG, com antecedente de hipotireoidismo tratado com levotiroxina. Apresentou queixa de baixa de acuidade visual (BAV) em olho direito (OD) 10 dias após imunização para FA. Negou sintomas associados. Ao exame oftalmológico, apresentou AV de 20/80 em OD e preservada em olho esquerdo (OE). Reflexos pupilares, biomicroscopia, pressão intraocular, exoftalmometria e teste de cores foram normais em ambos os olhos. Fundo de OD detectou disco óptico róseo, bem delimitado, com escavação fisiológica, mácula com lesões amareladas subretinianas e atrofia de epitélio pigmentar da retina subjacente, retina aplicada sem anomalias periféricas e vasos fisiológicos. A tomografia de coerência óptica (OCT) demonstrou depressão foveal preservada com perda de arquitetura das camadas externas, incluindo disrupção da linha IS-OS e EPR. A angiografia evidenciou efeito em janela na região macular e impregnação tardia do nervo óptico em OD. O eletrorretinograma multifocal de OD evidenciou perda de sensibilidade difusa em região macular e manteve-se inalterado em OE. As sorologias infecciosas foram negativas e instituiu-se terapia com prednisona 1mg/kg de peso. Após 9 dias, houve melhora da AV de OD para 20/60.

Conclusão

A NMA é uma entidade rara, que atinge sobretudo mulheres jovens e caracteriza-se por lesões maculares que geram BAV. Os fatores de risco incluem infecção inespecífica febril prévia; uso de contraceptivo oral; uso de efedrina e epinefrina; traumas e choques sistêmicos. Considerando que a vacina de FA é de vírus vivo atenuado, esta pode gerar autoimunidade explicada pela mímica molecular - o hospedeiro reconhece antígenos virais como semelhantes aos próprios, atacando-os. No décimo dia após a imunização, 90% dos anticorpos neutralizantes são circulantes, exatamente o dia da BAV apresentada pela paciente - o que corrobora o diagnóstico de NMA.

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