Sessão de Relato de Caso


Código

RC062

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Autores

  • LETICIA DE OLIVEIRA FURTADO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Francesca Migliaccio Mansur (Interesse Comercial: NÃO)
  • Márcio Morterá Rodrigues (Interesse Comercial: NÃO)

Título

Meningioma de nervo óptico mimetizando doença desmielinizante – um diagnóstico diferencial

Objetivo

Relatar caso de meningioma de nervo óptico tratado inicialmente como doença demielinizante em razão de comprometimento de dois pares cranianos

Relato do Caso

Paciente, feminino, 32 anos, hipertensa, procurou serviço de oftalmologia com queixa de baixa visual há 6 meses associada a desvio ocular e dor na região orbitária OD. Informou que obteve diagnóstico de doença desmielinizante, tratada com plasmaferese, pulsoterapia com metilprednisolona e uso contínuo de azatioprina, sem melhora. No exame, apresentou paresia do reto medial direito, por lesão incompleta do III par à direita, defeito pupilar aferente relativo em OD, acuidade visual de percepção luminosa,pior que J6 OD e 20/20 J1 OE. Senso cromático inexequível OD e normal no OE. Biomicroscopia do segmento anterior e Pio nos padrões de normalidade AO. A fundoscopia evidenciou palidez difusa de DO no OD, sem demais alterações, OE normal. Avaliação neurológica normal, líquor normal com bandas negativas, RNM contrastada de órbitas evidenciando edema de DO com lesão por contiguidade do III par, angioRNM de encéfalo normal e PEV extinto no OD e diminuição da amplitude no OE. Painel reumatológico normal, pesquisa para sarcoidose negativa. Na ocasião, foi aventada pela clínica e imagem radiológica, hipótese de meningioma de nervo óptico. Evoluiu com edema palpebral no OD, CVM inexequível no OD e normal no OE. Solicitada revisão da RNM de crânio e órbita, mesmo com repetidos laudos de neurite e atrofia óptica apresentavam indícios de meningioma de nervo óptico direito e quiasma óptico, confirmando-se a hipótese de meningioma. Realizada a ressecção cirúrgica do meningioma. Em acompanhamento neurológico, oftalmológico e neurocirúrgico, em radioterapia.

Conclusão

Diante de uma paralisia do III nervo craniano e seu amplo espectro de diagnósticos diferenciais, nos quais o quadro clínico é frequentemente inespecífico, os exames de imagem são indispensáveis para decisão diagnostica e conduta. A confusão diagnóstica com doença desmielinizante ocorreu em razão da lesão conjunta do nervo óptico e do III par.

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